Person:Frojao Cazador (1)

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Frojao Cazador
 
 
Facts and Events
Name Frojao Cazador
Gender Male
Marriage to Unknown

e Monteiro Mor é em quem o Conde D. Pedro ttº. 73 pag. 380 N 1-2-3-7- e N 8 e pag. 381 N 13 principia esta família casou com D. Mariana natural de Galiza que alguns fabularam ser colhida do mar como acima se diz

A primeira notícia que achamos desta Família a respeito da sua antiguidade é no tempo de Alexandre Magno, porque fazendo o dito Rei Cortes em Babilónia no ano da criação do mundo de 3639 acudiram a elas Embaixadores de todo o Mundo, e Paulo Osório no Cap. 20 diz que de Espanha fora por Embaixador Maurino - Hispanus Maurinus ad Suplicandam Alexandram Babiloniam adiit - Bernardo Alderete nas suas antiguidades de Espanha faz menção desta embaixada a pag. 244. Frei Bernardo de Brito na sua Monarquia Lusitana Liv. 24 Cap. 10 pag. 140 é do mesmo parecer, e averiguando de que parte de Espanha era este Embaixador diz - que Florião do Campo no Liv. 3 Cap. 31 tem para si que era Andaluz - Mas seguindo a Vasco no Tom. 2 Cap. 11 diz o tal Embaixador Maurino era dos Celtas, e que os Celtas eram os povos que viviam onde hoje chamamos Alentejo; Manuel de Faria e Sousa na sua Europa Portuguesa Tom. 1º Cap. 11 ttº. 3 dá notícia desta embaixada lusitana, e que Maurino fora embaixador dela, e que não fora esta Embaixada de menor Luzim.to. E não é muito o deduzir que deste Maurino descendam os Marinhos, pois se na família de Pachecos conjecturou D. Fernando de Ávila de Castro no Penagirico Genealógico do Duque de Barcelos que se derivavam de Junio Pacieco, e que o dito Junio Pacieco seguira na Lusitana o partido de Júlio César contra Pompeio Magno do qual faz menção Cicero Mariano César nos seus Comentários, não é muito de presumir, que de Maurino, se deduzisse o apelido de Marinho; alguns seguiram que o apelido de Marinho se deduzia de uma mulher Marinha, como abaixo se dirá. Outros seguiram que este apelido vinha do Romano Caio Mario de que os Marinhos se prezam descender, porém tudo isto são conjecturas. Desta família é o nosso português S. Marinho que em Cezarea padeceu martírio a 10 de Julho imperando Juliano. Também foi desta família o Beato Frei Gonçalo Marinho, que no cerco de Guimarães fez proezas no tempo do Rei D. João I, e que junto da Vila de Viana do Lima, fundou o Convento de S. Francisco do Monte em 1398 onde morreu, e está enterrado no Claustro com opinião de virtude, e fundou o mesmo Fr. Gonçalo Marinho o Convento de S. Paio dos Milagres que é de religiosas de S. Francisco como diz o autor do Corografia Portuguesa Tom. 1 fls 191, e fls. 218. O L.do João do Campo Sobrinho do Mestre Florião do Campo escritor bem conhecido escreveu um livro que imprimiu no ano de 1587 que dedicou ao Cardeal Arcebispo de Toledo D. Gaspar de Queiroga e no Cap. 14 dá a origem aos Marinhos de Galiza em D. Sancha Lobo a que chamaram a Rainha Lobo que defendeu a Pregação do Sr. S. Tiago em Galiza a qual furtou Gracia Mendes de Barteira, de cuja descendência tratamos no § .... sem dizer mais nada da sua ascendência. O Conde D. Pedro no seu Nobiliário ttº. 7 pag. 14 diz desta família que vindo de Roma para Espanha o Conde D. Mendo que era de Linhagem Godo para seu Rei de Espanha trazia consigo muita gente a qual toda deu à Costa no Cabo de Pierno, e de 300 pessoas que trazia se escaparam com o Conde 5 cavalheiros, e que de um se dizem descendem os Marinhos o que sucedeu antes do ano de Cristo de 845 porque neste ano morreu D. Afonso Casto Rei de Leão, e neste tempo é que sucedeu o naufrágio; alguns dizem que o dito Rei morreu em 842, e o Conde D. Pedro diz morrera em 860 trata o dito Conde a geração dos Marinhos como adiante se dirá porém consta haver antes em Portugal esta família pois na Ponte de Aloada está o letreiro seguinte que trás o Agiológio Lusitano a 17 de Julho de 726

D. M. Valério Ávilo Valeris Marini fil. Ano X. X. X. Valéria Fazilia Mater filio caríssimo spient, S. obsquent P. Que vem a dizer - Sepultura dedicada aos Deuses do Inferno Valéria Falcia levantou este Sepulcro a seu caríssimo pientíssimo, obsequentissimo filho Valério Avilo, Valério Marinho que morreu de 30 anos, do qual Letreiro se conhece haver Marinho antigamente em Portugal. O P.e António Pereira digo de Carvalho na Corog. Portuguesa Tom. 1 fls 289 descrevendo o ttº. de Valadares diz que na freguesia de S. Martinho de Alvaredo há duas Torres com alguma renda uma que se chama de Vilar, e outra Torre de Samonte que ambas são do Marquês de Tereno, e que esta de ponte de Galiza é Solar dos Marinhos, que se entende ser de D. Frojão Fid. Italiano em que damos princípio com o Conde D. Pedro a este ttº, a qual por estar junto a Galiza deu ocasião a dizerem alguns que os Marinhos eram Galegos. Outros enfim falando da origem deste apelido quiseram dizer que D. Frojão que pomos no § 1 N 1 andando à caça junto da Praia do Mar vira sair dentre uns penedos a uma mulher a qual pilhara, e casara com ela, e não falando ela usara do estratagema de querer queimar um filho e a mãe com a paixão lançara uma posta de carne pela boca, e entrara a falar a qual por isto se chamara D. Marinha mas isto parece fábula; veja-se Fr. Bernardo de Braga Biblioteca Lusitana Tomo 1 pag. 525 isto tudo o que temos achado de princípio, e origem desta família a que damos princípio neste ttº. seguindo o Conde D. Pedro.